Para o néctar sagrado ter a qualidade desejada, a vindima da uva deve-se dar no momento certo e de forma artesanal. A excelência deste produto não depende apenas das castas com que é produzido, mas também da forma como é elaborado.
A altura certa para plantar, um solo adequado, a época em que a uva deve ser colhida e por último o tempo de estágio nos barris, já após a elaboração do vinho, são pontos que devem ser bem definidos pelo enólogo responsável. Não existe adega sem enólogo, porque só ele sabe tomar as decisões certas para fazer de um simples vinho, um produto de qualidade exemplar.
A arte de transformar uva em vinho
Todos nós sabemos que a uva se transforma em vinho, mas é comum surgir a dúvida de como ocorre este processo. A parte mais complicada e que exige maior atenção é a plantação da vinha. Esta deve ser feita em terreno adequado e acompanhada pelo enólogo, que segue de perto todo o processo.
As vinhas são plantadas por castas, dependendo do tipo de uva, da cor e do seu grau de acidez.
O final do verão é a melhor altura para se realizar a vindima. Todo o processo é feito manualmente, de forma ancestral, tal como os nossos antepassados o faziam.
Depois de colhida toda a uva, esta vai até à adega, onde é colocada em grandes tanques para ser esmagada com os pés.
Este processo vai fazer com que elas libertem o seu sumo, que depois de fermentado dá origem ao vinho. A sua qualidade vai depender das uvas utilizadas.
Antes de ser engarrafado e colocado à venda, o vinho passa por um estágio em pipas de madeira, que asseguram a qualidade do produto.
Por quanto tempo devo guardar o vinho em casa?
É comum ouvirmos dizer que quanto mais velho for o vinho, melhor. Mas nem sempre isto corresponde à realidade. Este velho ditado é muito aplicado em referências ao vinho do Porto, que pode ser guardado em casa durante anos, sem alteração de cor, grau de acidez ou sabor.
O mais importante é saber se isto acontece com todos os vinhos e quais os que devem ser consumidos poucos meses após a sua aquisição?
Pois bem, se pensa adquirir vinhos para colocar numa garrafeira, deve ponderar bem o produto a comprar, porque muitos devem ser consumidos pouco tempo depois de se encontrarem à venda, como é o caso do Vinho Verde e dos vinhos tintos do Alentejo e do Ribatejo.
Como devo servir um vinho?
Não é necessário ser enólogo ou enófilo para saber servir um bom vinho. É do conhecimento do senso comum que o vinho tinto deve acompanhar pratos de carne e o vinho branco pratos de peixe. Os especialistas consideram que os vinhos brancos devem ser os primeiros a ser servidos, enquanto, vinhos mais doces devem ser consumidos no fim da refeição, mas no que toca a esta matéria não existem regras específicas, a maior regra é o prazer que se deve ter ao degustar um bom vinho.
E não se esqueça, um vinho branco ou verde pode ir ao frigorífico antes de ser servido, mas um vinho tinto pode e deve ser consumido à temperatura ambiente. Há que ter em conta que nunca se guarda um vinho num local muito quente ou muito húmido.
Um vinho apresentado aos quatro cantos do mundo
O território luso é rico em vinha e vinho. De norte a sul de Portugal encontramos inúmeras adegas com uma diversidade exponencial de castas, que competem entre si para ver a que consegue colocar o melhor produto na mesa dos portugueses. A norte encontramos uma paisagem muito característica, com hectares e hectares de vinho, que acompanham toda a região do Douro. O vinho do Porto está presente na casa de todos os portugueses e já é conhecido mundialmente, sendo exportadas centenas de garrafas anualmente, para países como a França, Dinamarca, Estados Unidos e Canadá.
O norte é, por excelência, uma região onde predomina o verde. A maior região vitivinícola portuguesa situa-se no Minho, onde por entre serras e uma humidade bastante elevada, nasceu o Vinho Verde. Continuando pelo território luso, encontramos a região do Dão, onde é produzido um dos vinhos que mais tempo dura engarrafado. Quando mais velho um vinho tinto for, melhor.
Na Península de Setúbal também existem grandes explorações vitivinícolas. Entre a serra e o mar, surge um vinho muito apreciado pelos portugueses, o Moscatel de Setúbal. Com planícies a perder de vista, o Alentejo produz dos melhores vinhos portugueses, muitos deles reconhecidos internacionalmente. É uma região com um clima bastante seco e quente, o que permite que as uvas cresçam em condições ideais, apesar de se tornar necessário sistemas de rega.
Portugal possui bons vinhos, reconhecidos além-fronteiras. Na Beira Interior, na região de Lisboa e no Algarve também existem uma grande diversidade de castas. O vinho da Madeira é considerado um néctar dos deuses, que se tornou famoso a nível mundial, devido ao seu sabor único e inconfundível. Como o ideal é ver para querer, o melhor é sair do sofá e comprar umas garrafinhas de vinho.
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