A indústria de bebidas, assim como a indústria de pequenos electrodomésticos, são segmentos que têm crescido no Brasil a par do clima do Mundial de Futebol. Esta é uma notícia avançada pelo site Económico que refere a importância, e a relação, destes sectores com a televisão para os residentes no Brasil.
Crescimento da indústria de bebidas e de pequenos electrodomésticos rompe com estatísticas do sector a nível mundial
Contrariamente ao que se verifica na produção de outros sectores, cujos resultados foram negativos em Abril, estes segmentos, indústria de bebidas e indústria de pequenos electrodomésticos, crescem no Brasil. Tal fenómeno é explicado pelo tempo que a população passará em frente à televisão a assistir ao Mundial de Futebol com bebida na mão. Uma relação de proximidade incontestável.
Os dois segmentos de mercado mencionados registaram um crescimento, com um aumento de 2,7% e 42,7%, no acumulado do ano, respectivamente. Esta é uma informação da Pesquisa Mensal da Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, que mostra claramente que a venda de televisões continua a impulsionar o crescimento da indústria de pequenos electrodomésticos, muito embora em um ritmo inferior ao dos meses anteriores.
Igualmente a produção na indústria de bebidas cresceu com a chegada do Mundial de Futebol, especialmente das bebidas alcoólicas, com destaque para as cervejas que representam cerca de 92% da indústria de bebidas.
Refira-se que a indústria de bebidas é, por tradição e especificidade, um sector que exige altos padrões de qualidade e durabilidade do produto final, tanto no caso da cerveja, limonada, água mineral ou de mesa, sumos de fruta, vinho ou espumante.
A indústria de bebidas: os pontos fortes, os pontos fracos, as oportunidades e as ameaças
São referidos como pontos fortes:
- Sector com forte relevância na indústria transformadora;
- Existência de produtos com características próprias e únicas das regiões onde são produzidos.
Em relação aos pontos fracos:
- Predomínio de empresas de reduzida dimensão;
- Baixo investimento em I&D;
- Reduzida qualificação dos recursos humanos;
- Elevada dependência de matérias primas provenientes do exterior;
- Reduzida penetração dos produtos nacionais nos mercados externos;
- Baixo poder negocial da maioria das empresas;
- Débil capacidade financeira de muitas das empresas;
- Défice comercial na maioria dos sub-sectores.
No que concerne às oportunidades:
- Crescente apetência dos consumidores por novos produtos;
- Aposta na promoção dos produtos com características únicas da região onde são produzidos, intervindo em nichos de mercado de qualidade;
- Maior cooperação entre as empresas do sector e as instituições científicas e universitárias.
As ameaças são as seguintes:
- Elevado grau de proteccionismo em alguns países de destino das exportações nacionais.