A impressão em 3D, também conhecida por prototipagem rápida, é uma invenção tecnológica muito falada e investigada hoje em dia. Neste tipo de impressão, é criado um modelo tridimensional sólido através de um processo aditivo em que são aplicadas sucessivas camadas de um determinado material (por norma os mais utilizados são filamentos de ABS ou PLA, mas existem um conjunto de matérias-primas que permitem criar uma panóplia de objectos).
Em vários sectores, estudam-se actualmente formas de utilizar esta tecnologia de impressão em 3D adaptada a diferentes produtos e indústrias. Já podemos ver exemplos de formas diferentes de utilização da tecnologia de impressão em 3D como impressão de roupa, carros, pele para reconstrução no corpo humano, peças impressas em 3D para reconstrução óssea, peças como altifalantes inteiramente produzidos por impressoras 3D, alimentos, etc.
Outro dos casos de uma adaptação, ao que parece, bem conseguida é a Mink, a impressora de maquilhagem. Criada por Grace Choi, uma estudante de Harvard segundo a qual, a impressora funciona de forma semelhante às impressoras convencionais, basta abrir uma imagem à escolha e imprimir.
A imagem deverá ser aberta num programa de edição de fotos (por exemplo, o Photoshop) e seleccionada a cor pretendida(proveniente da Internet ou mesmo do mundo real) para mandar imprimir. A diferença está no tipo de material utilizado para a impressão.
A criadora da Mink investigou as componentes da maquilhagem que utilizamos e descobriu que estas são feitas com os mesmos produtos base (substratos), produtos esses que a estudante utilizou nesta sua invenção. Estes produtos já foram inclusive aprovados pelo FDA (Food and Drug Administration, nos Estados Unidos da América).
De acordo com o que foi descrito na apresentação do produto, os utilizadores podem utilizar qualquer imagem e transformá-la em algum tipo de maquilhagem, desde lip gloss, batom, sombra, blush, etc.
Apesar da indústria da cosmética mover milhões de euros e ser ainda muito procurada pelos seus produtos, esta invenção pode tornar-se bastante requisitado uma vez que, cada vez mais, as pessoas procuram algo que possam fazer sozinhas e a que tenham acesso cómoda e rapidamente. Além disto, os produtos comercializados normalmente seguem as modas e as tendências e não existe oferta que responda aos diferentes gostos e preferências do público-alvo, ou seja, com esta impressora, as pessoas poderiam exprimir-se mais facilmente, seleccionar a maquilhagem adequada aos seus gostos específicos em vez de terem que se condicionar à oferta do mercado. A facilidade e variedade de opções disponíveis pela impressora Mink tornam-na numa inovação tecnológica muito apelativa e que terá, com certeza, muito sucesso.
A empresa responsável pelo lançamento da impressora Mink destina como público-alvo deste produto a população demográfica entre os 13 e os 21 anos que, segundo explicam, estão menos habituados e “presos” a outras marcas de cosméticos. Este produto foi apresentado em Maio e o lançamento está previsto para o final deste ano.
Será que este produto irá revolucionar a indústria da cosmética? É algo que teremos que aguardar para ver.
Esta e outras adaptações da tecnologia 3D podem trazer muitas vantagens, principalmente do ponto de vista económico e ambiental. Mas pode também causar a queda de algumas indústrias. Não sabemos o que o futuro reserva, certo é que esta invenção vai mudar a forma como a Sociedade funciona.