O lema mais indústria, mais emprego parece ser o preferido do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Luís Campos Ferreira, já que terá dito que o país necessita de mais indústria para poder criar emprego. Esta é uma informação adiantada pelo site Açoriano Oriental que refere ser objectivo do Governo passar dos actuais 12% do Produto Interno Bruto (PIB) para 20 por cento.
E então, se assim é estão à espera do quê? De arranjar uma estratégia de roubar ainda mais ao povo?
Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação garante que o PIB oriundo da indústria é muito baixo
Após a visita a uma fábrica de batatas fritas e aperitivos – cujas vendas líquidas quase triplicaram, nos últimos sete anos, passando de 9,9 milhões de euros em 2007 para 28,3 milhões estimados no final de 2014 -, Luís Campos Ferreira, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, referiu que o PIB oriundo da indústria é muito baixo: “Precisamos de atingir em cinco, seis anos, 20 por cento do PIB derivado da indústria para atingirmos os níveis de competitividade e criação de riqueza”.
Ora esta cruzada será missão de um governo vindouro, n”é? pelo menos assim eu espero…
Uma boa verdade, ainda que seja de la palisse, é sempre boa de se dizer e o senhor secretário fez questão de referir com convicção que “Não há país sem emprego e não há emprego sem indústria”. E quem refere assim não é gago. Será que não?
Este lema de mais indústria, mais emprego terá sido um entusiasmo, quiçá passageiro, tomando como exemplo a indústria visitada que possui como clientes quase a totalidade da grande distribuição nacional – um mercado que representa 75 por cento do volume de negócios. Esta empresa – que emprega cerca de 150 trabalhadores – terá vendido 10,9 mil toneladas de batatas fritas, volume que deverá subir, no final do corrente ano, para as 11,6 mil toneladas. A restante produção é exportada para Espanha, França e Angola, estando em curso a criação de embalagens para exportar igualmente para a Argélia – de acordo com dados fornecidos pela empresa.
Embeiçado pelos resultados de uma empresa de batatas fritas e aperitivos, Luís Campos Ferreira incentiva o lema: mais indústria, mais emprego
É tudo uma questão de sazonalidade do tubérculo, digo eu, relativamente aos vislumbramentos dos adidos deste governo. Mas eles também disseram: para justificar o fornecimento da matéria-prima pelos mercados espanhol e francês.
Maravilhado com o crescimento desta empresa, mesmo nestes últimos anos de banhada e de puré nos bolsos dos portugueses, o Secretário de Estado elogiou, como é de bom tom, o trabalho da administração e “a permanente inovação”, consubstanciada na inauguração de uma nova linha de fritura que permite 1 000 quilos de batatas por hora garantindo, entre outras inovações, uma menor degradação do óleo utilizado e menor consumo energético.